quarta-feira, 23 de maio de 2012

Hiato





Madrugada, frio, insônia! Cigarros, café, papel, caneta! Depois de muito tempo sem escrever resolvi quebrar o silêncio e exteriorizar as palavras contidas neste período chamado de hiato. The Velvet Underground rolando, e de repente me transportei para outro plano, como se eu não fizesse mais parte daquele espaço, como se as quatro paredes do meu quarto caíssem e eu flutuasse, cheia de idéias, alucinações e um emaranhado de palavras gritando para serem libertas. É aquela sensação de novo! E de forma quase que orgástica, plena, as palavras surgiram, e eu deixando cada vez mais as limitações e o meu senso crítico de lado, exorcizei! Numa missão quase que impossível a de lutar contra o meu EU criativo,  percebi que este momento em que fiquei em silêncio foi importantíssimo pra que eu soubesse exatamente a hora de voltar,  e eu voltei! Claro que com uma nova perspectiva, um brilho diferente nos olhos, outras cores, formas, tons e um espírito inquieto. Pronta pra mais uma viagem. É preciso saber respeitar o tempo das coisas. É claro que fazemos planos pra que as coisas aconteçam do nosso modo, e pode até ser que aconteçam, mas é impossível lutar contra as improváveis possibilidades. E eu acho ótimo isto! Há um certo tempo atrás, achava que eu só conseguiria escrever se eu passasse por algum momento ruim, é como se eu tivesse que estar triste para que a inspiração batesse à minha porta. Tolice! Hoje descobri que essa sensação de pertencimento do meu Eu é limitada e deveras enganosa, e que não é o meu estado de espírito que vai fazer com que eu escreva, mas a intensidade de fatores e cenas que me rodeiam permitirão que eu as compartilhe. E isso é atemporal.


Um tanto Bukowiski, eu sei!!

A.H

Tentar respirar, arrumar a casa. Estou bem melhor desde a última vez em que tentei. Yeah!

Viva e deixe-se viver!

Viva e deixe-se viver!
" Fora do fluxo normal das coisas.Como deveríamos ser. Sem regras. As coisas apenas são o que são.O que as tornam irremediáveis é o tamanho que nossos olhos querem projetar..."