sábado, 3 de novembro de 2012

Dissolvido e Recomposto


...

De todos os cheiros mais curtidos
De todos os tons dissolvidos
Aparências, falsas crenças
De tudo que tanto dói
Da alma que corrói
Do desespero em forma de riso
Gargalhando pelo desconhecido
Da imensidão das cores
Do seu olhar flutuante
És da vida,  minha mais bela pérola
E minha agonia agoniza 
No seu mar de ironia
E hoje eu vejo que foi bom
Não ser assim, tão moldada em ti
Pois agora já não há mais nada, nada mais
Há só um ponto final... E sol!! 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Dois Pesos, Inúmeras Medidas





Saber até onde pode se ir, qual o limite e descobrir a linha tênue do equilíbrio é um tanto complicada. Quando o real se confronta com o lúdico esse autocontrole desmorona ou se submete há uma série de questionamentos. Coisas como a rotina, medo e o preço de simplesmente existir nos obriga a viver insanamente, porém disfarçados por uma couraça chamada senso comum. Temos sempre dois pesos, como a sanidade e a loucura, o querer e poder, o erótico e o sagrado, e por aí vai... e várias, inúmeras medidas que correspondem na forma com que você se “relaciona” com algo ou alguém. Ninguém é obrigado a ser politicamente correto, a ser devidamente batizado na Igreja Católica, a ser carioca e gostar de praia, curtir o a la la ô do carnaval ou ainda vibrar com o futebol. E é dessa obrigação de seguir uma medida, da necessidade de ser esteriotipado para que seja aceito no clubinho, a mídia que manipula, e o consumismo desenfreado que constitue uma sociedade. Infelizmente criou-se uma espécie de efeito contrário ao que se havia proposto há um tempo atrás, com a chamada “liberdade de expressão”. Você não precisa ser uma pessoa intelectual pra saber que as suas atitudes são o conjunto de sua personalidade, ou que o direito de pensar não custa nada, se bem que em alguns casos, principalmente os nossos “adoráveis” governantes têm feito a feira na cabeça das pessoas. E o pior, essa espécie de comodismo têm feito das pessoas cada vez menos. Menos compreensivas, menos coerentes, menos militantes, menos pensantes... menos humanas. O sistema foi feito pra que você não pense, e sim pra que se siga, pra que você não verbalize, mas que abrace a omissão. Precisamos entender que a engrenagem que movimenta a massa que como uma espécie de elemento propulsor, são essas inúmeras medidas, provenientes da inquietude, da reflexão, do desprendimento, da liberdade do pensamento, para que você não hesite, mas que se deixe levar aonde sua alma lhe convidar. Então, deixar-se voar, respirar novos ares, e acima de tudo, lhe permita PENSAR!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Hiato





Madrugada, frio, insônia! Cigarros, café, papel, caneta! Depois de muito tempo sem escrever resolvi quebrar o silêncio e exteriorizar as palavras contidas neste período chamado de hiato. The Velvet Underground rolando, e de repente me transportei para outro plano, como se eu não fizesse mais parte daquele espaço, como se as quatro paredes do meu quarto caíssem e eu flutuasse, cheia de idéias, alucinações e um emaranhado de palavras gritando para serem libertas. É aquela sensação de novo! E de forma quase que orgástica, plena, as palavras surgiram, e eu deixando cada vez mais as limitações e o meu senso crítico de lado, exorcizei! Numa missão quase que impossível a de lutar contra o meu EU criativo,  percebi que este momento em que fiquei em silêncio foi importantíssimo pra que eu soubesse exatamente a hora de voltar,  e eu voltei! Claro que com uma nova perspectiva, um brilho diferente nos olhos, outras cores, formas, tons e um espírito inquieto. Pronta pra mais uma viagem. É preciso saber respeitar o tempo das coisas. É claro que fazemos planos pra que as coisas aconteçam do nosso modo, e pode até ser que aconteçam, mas é impossível lutar contra as improváveis possibilidades. E eu acho ótimo isto! Há um certo tempo atrás, achava que eu só conseguiria escrever se eu passasse por algum momento ruim, é como se eu tivesse que estar triste para que a inspiração batesse à minha porta. Tolice! Hoje descobri que essa sensação de pertencimento do meu Eu é limitada e deveras enganosa, e que não é o meu estado de espírito que vai fazer com que eu escreva, mas a intensidade de fatores e cenas que me rodeiam permitirão que eu as compartilhe. E isso é atemporal.


Um tanto Bukowiski, eu sei!!

A.H

Tentar respirar, arrumar a casa. Estou bem melhor desde a última vez em que tentei. Yeah!

Viva e deixe-se viver!

Viva e deixe-se viver!
" Fora do fluxo normal das coisas.Como deveríamos ser. Sem regras. As coisas apenas são o que são.O que as tornam irremediáveis é o tamanho que nossos olhos querem projetar..."